Presidente da Argentina leva donos de jornalões ao banco dos réus. O mesmo pode acontecer no Brasil

Dilma poderá seguir Cristina Kirchner e enquadrar a Globo

Presidente da Argentina leva donos dos jornalões Clarín e La Nación ao banco dos réus, em face de ações danosas, que classidica como crime de lesa humanidade, envolvendo a compra da Papel Prensa durante a ditadura militar. O mesmo pode acontecer no Brasil com o Sistema Globo, que se aliou ao Grupo reacionário americano Time Life, rasgou a Constituição vigente e prejudicou grupos da mídia nacional. Tudo está denunciado no livro de Daniel Hers, A História Secreta da Rede Globo.

Kirchner investe contra diretores de Clarín e La Nación

Ter, 21 Set, 09h30

BUENOS AIRES (AFP) - Em mais um episódio da disputa entre a presidente Cristina Kirchner e a imprensa argentina, o governo acusou formalmente nesta terça-feira os diretores dos dois principais grupos de comunicação do país, Clarín e La Nación, por crimes de lesa humanidade envolvendo a compra da Papel Prensa durante a ditadura militar.
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"A secretaria de Direitos Humanos apresentou hoje (terça-feira) uma queixa pela relação entre a venda ilegal da empresa Papel Prensa e crimes de lesa humanidade cometidos durante a ditadura" (1976-83), informou o próprio órgão.

O governo quer que a Justiça abra um processo contra Ernestina Herrera de Noble e Héctor Magnetto, respectivamente proprietária e diretor do Clarín, e contra Bartolomé Mitre, diretor do La Nación.

Além disso, pede que sejam processados Sergio José, Marcos e Hugo Fernando Peralta Ramos, ex-donos do jornal La Razón, adquirido pelo Clarín.

Na mesma ação, o governo solicita que sejam interrogados os ex-ditadores Jorge Videla e Emilio Massera, integrantes da Junta Militar que governava o país por ocasião da venda da Papel Prensa, e o ex-ministro da Economia José Martínez de Hoz.

A presidente Cristina Kirchner acusa os grupos Clarín e La Nación de assumir o controle da Papel Prensa em conluio com a ditadura militar, em uma operação realizada em 1976.

Segundo o governo, a "aquisição fraudulenta" se fez por uma variedade de crimes de lesa humanidade cometidos contra o grupo Graiver, liderado pelo empresário David Graiver, morto em um estranho acidente aéreo em 1976.

Na ocasião, a ditadura militar acusava o grupo Graiver, controlador da Papel Prensa, de ter vínculos com o movimento armado peronista Montoneros.

Em nota divulgada na noite de hoje, La Nación e Clarín afirmam que Cristina Kirchner pretende liquidar os meios de comunicação que não se alinham ao discurso oficial.

"Este novo passo confirma os alertas institucionais que os dois jornais têm feito sobre o plano oficial para esmagar os meios de comunicação que não se alinham ao discurso do governo".

"Pretender vincular esta compra com um crime contra a humanidade é uma aberração moral e jurídica, que não se sustenta em fatos".

O grupo Clarín possui 49% da Papel Prensa e o La Nación, 22%. O Estado argentino é proprietário de 27,46% da empresa, única produtora de papel para jornal na Argentina.

No início de setembro, a Justiça argentina suspendeu a intervenção na Papel Prensa, que vigorava desde março passado a pedido do governo.

A presidente Cristina Kirchner já apresentou ao Congresso um projeto que declara de "interesse público" a produção e distribuição de papel para jornais na Argentina.

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