Representantes de bancários da Caixa repudiam declarações de presidente do banco sobre situação nas agências



Entidades representativas dos trabalhadores da Caixa Econômica Federal receberam, com indignação, a declaração do presidente do banco, Pedro Guimarães, de que as agências continuarão abrindo às 8h, a partir desta terça-feira (5). Segundo Guimarães, as unidades “funcionando até que o último cliente seja atendido”. 

“Os empregados da Caixa estão fazendo um trabalho heroico, se desdobrando para atender a população como ela merece, e reforçando o papel principal do banco, que é o de ser uma empresa pública”, ressalta o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sérgio Takemoto. “Já a direção do banco não tem adotado as medidas necessárias e realmente eficazes para evitar essas filas gigantescas e aglomerações nas agências. O que o governo tem feito é colaborado, e muito, para o agravamento da situação”, acrescenta. 

Para Takemoto, se uma das principais reivindicações feitas pelas entidades sindicais à direção da Caixa tivesse sido atendida — de uma campanha intensa de esclarecimento à população, com informações divulgadas com mais eficiência e amplitude — os problemas que os trabalhadores do banco enfrentam atualmente seriam menores. “Ao invés de buscar soluções definitivas, como descentralizar o atendimento, ampliar os investimentos em Tecnologia da Informação e contratar mais empregados, a direção da Caixa está sobrecarregando os trabalhadores e aumentando o risco de contágio da Covid-19 nas unidades do banco”, completa o presidente da Fenae.

A presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, também repudia o posicionamento do presidente da Caixa. “Pedro Guimarães acha que acabou a legislação trabalhista? Mandou os bancários das agências chegarem as 6h e diz que só vão sair após atenderem ao último cliente; ou seja, à noite”, questiona.

Segundo ela, é necessária a correção de erros cometidos pela direção da Caixa e pelo governo, como a concentração do pagamento do auxílio emergencial no banco e as falhas no funcionamento da Central 111 e nos aplicativos relacionados ao benefício. “Desde o início, a gente fala que tem que descentralizar (o pagamento do auxílio) para prefeituras e outros bancos. Também tem que chamar os aprovados nos últimos concursos, já que (Michel) Temer e Bolsonaro diminuíram o quadro de funcionários da Caixa em Planos de Demissões Voluntárias (PDVs)”, observa Juvandia Moreira. 

Só nos últimos cinco anos, 15 mil funcionários deixaram o banco. “Apesar dessa redução significativa no quadro de pessoal da instituição, os empregados da Caixa estão se empenhando, de forma exemplar, para fazer o trabalho deles e atender aos mais de 50 milhões de brasileiros habilitados a receber o auxílio emergencial”, destaca o presidente da Fenae. 

 
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