Califórnia registra calor excessivo de 55 oC ontem. Entenda se você deve se preocupar com calor extremo no Brasil

. Na tarde do último domingo, dia 16 de agosto, os termômetros registraram a temperatura do ar de inacreditáveis 55,4 oC, no Vale da Morte (Death Valley), na Califórnia. Foi a temperatura mais alta já registrada em todo o mundo. Para você ter ideia, no Brasil, o recorde de temperatura ocorreu no município de Bom Jesus (PI), no verão de 2005, quando a máxima alcançou 44,7 oC. Picos assim são causados por ondas de calor extremo, que podem durar alguns dias ou várias semanas. As temperaturas altas têm sido destacadas tanto pela imprensa americana quanto brasileira. Segundo o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), no Brasil, nesta segunda-feira, dia 17 de agosto, foram registradas altas temperaturas, em grande parte do Norte, Centro-Oeste e Sudeste. O excesso de calor, em algumas regiões do País, vem sendo registrado desde o último domingo, sendo a máxima registrada de 39 oC, em um município do Mato Grosso. Esse calor de inverno, causado pela presença de uma massa de ar seco, é muitas vezes chamado de veranico. Um pequeno verão, fora de época. Uma onda de calor é definida por dois ou três dias, com temperaturas acima de 32 oC, e nível elevado de umidade. A onda de calor deve persistir pelos próximos dois dias. Agora, pense no seguinte contraste: os moradores da região Sul do Brasil não devem entender o que isso quer dizer. As máximas por lá, na tarde desta segunda-feira, não passou dos 20 oC. Bom, a onda de frio deve se intensificar nos próximos dois dias naquela região. Essa onda de frio é consequência do predomínio de uma massa de ar polar, da Antártica, situação muito normal nesta época do ano, de inverno no Hemisfério Sul. Para mais informações, leia o nosso novo post. Já baixou o nosso e-book GRATUITO sobre empreendedorismo e geotecnologias? Pois aproveite que estará disponível de graça, somente esta semana. Clique aqui para fazer o download. Você sabe qual a diferença entre mitigação e adaptação às mudanças climáticas? As atividades sociais e econômicas são o motor das mudanças climáticas. Energia e uso da terra são a principal fonte de emissões de gases de efeito estufa, que interferem no clima da Terra. Por sua vez, as mudanças climáticas terão sérios impactos nessas atividades e em nossa vida. A mitigação corresponde à forma como podemos atuar para reduzir o impacto de nossas atividades no clima, considerando que nossas ações impulsionam as mudanças climáticas. Por exemplo, se fazemos a transição de combustíveis fósseis para fontes energéticas renováveis, contribuímos para reduzir o ritmo do aquecimento global. Já a adaptação corresponde às ações para minimizar o impacto das mudanças climáticas. Por exemplo, reduzir as desigualdades sociais, para que mais pessoas tenham acesso a tecnologias que as ajudem a suportar o calor excessivo por aquecimento global. O ciclo abaixo mostra como estratégias de mitigação e de adaptação são usadas para definir possíveis respostas às mudanças climáticas. Por um lado, as ações se concentram nas estratégias de mitigação, para limitar o impacto humano hoje, nas emissões de carbono. Por outro, as estratégias de adaptação são adotadas para limitar o impacto das mudanças climáticas sobre os humanos. Para aprofundar o conteúdo deste post, recomendamos a leitura do Livro “Um século de secas”, que relaciona temas como mudanças climáticas, impactos, desigualdades sociais, secas e políticas de adaptação no Semiárido brasileiro. Acesse aqui a página do Livro. Mortalidade por mudanças climáticas pode superar tragédia da pandemia Estamos muito impressionados com os resultados de uma pesquisa recentemente publicada, por cientistas norte-americanos, que estimou a taxa de mortalidade futura, por mudanças climáticas. De acordo com as estimativas do novo estudo, a taxa média global de mortalidade anual, apenas por excesso de calor, poderá chegar a 85 mortes, a cada 100 mil pessoas, no fim do século. A projeção considera o pior cenário, no qual não haja medidas de contenção das emissões de carbono. Os números são assustadores, pois superam a taxa de 79 mortes, por 100.000 habitantes, que Nova York contabiliza, pela Covid-19, desde janeiro deste ano. Como na atual pandemia, as pessoas mais vulneráveis às mortes, por excesso de calor, serão as minorias sociais (pobres, negros, indígenas e mulheres). ➡ Leia a nossa análise completa, clicando aqui. No Brasil, a área mais afetada pelas mudanças climáticas será o Semiárido brasileiro, região mais quente do Brasil e com baixos níveis de renda. Logo do Letras Ambientais Facebook Twitter Youtube Feed contato@letrasambientais.org.br Deixar de receber emails

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