Defensor Público faz graves denúncias sobre provocações de advogados famosos que queriam retardar prosseguimento de ação contra 12 acusados de vários crimes

 Edson Verber
               
No que chamou de “o mais longo do dias”, o advogado Fernando Enéas, dos quadros da Defensoria Pública da Paraíba, denuncia que sofreu pressão de advogados famosos, que se negaram a atuar na ação que diz respeito à “Operaçâo Astringere”. O objetivo era retardar o andamento do processo, que “já se arrasta por mais de três anos!!!”.
A operação foi deflagrada pela Policia Federal, juntamente com a Corregedoria do Tribunal de Justiça da Paraíba (18/04/2013), no 2º Juizado Especial Misto de Mangabeira, na Turma Recursal do Fórum Cível Mario Moacyr Porto, em escritórios de advocacia e na residência de policiais, servidores públicos, advogados, particulares, inclusive um magistrado do 2º Juizado Especial Misto de Mangabeira, o Dr. José Edvaldo Albuquerque de Lima.
                Na íntegra (sic), a denuncia de Fernando Enéas:
 
NO FÓRUM DE MANGABEIRA, OUVIDA DE TESTEMUNHAS DE DEFESA DE ACUSADOS NA “OPERAÇÃO ASTRINGERE”: O MAIS LONGO DOS DIAS!
Fui o único Defensor Público do Estado da Paraíba, a ser escalado pela direção de minha Instituição Defensora, para atuar em uma audiência no FÓRUM REGIONAL DE MANGABEIRA (Quarta-feira, 27/04/16), assistindo 12 (doze) acusados, e ouvindo o testemunho de mais de mais de 30 (trinta) testemunhas (só as da defesa) em uma ação que comporta cerca de 28 volumes de processo! Foi uma das mais longas audiências ali realizadas (não se tem conhecimento de nenhuma outra).
A audiência começou às 08h00 da manhã e estendeu-se além das 21h00, com apenas um intervalo de 15 (quinze) minutos para o almoço! Trata-se da ação que diz respeito à “OPERAÇÂO ASTRINGERE”, deflagrada pela POLICIA FEDERAL, juntamente com a CORREGEDORIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA PARAÍBA (18/04/2013), no 2º JUIZADO ESPECIAL MISTO DE MANGABEIRA, na Turma Recursal do Fórum Cível Mario Moacyr Porto, em escritórios de advocacia e na residência de policiais, servidores públicos, advogados, particulares, inclusive um magistrado do 2º JUIZADO ESPECIAL MISTO DE MANGABEIRA, o Dr. José Edvaldo Albuquerque de Lima.
 Os crimes imputados aos meus assistidos, foram: práticas de crimes de formação de quadrilha, corrupção, apropriação indébita, fraude processual, entre outros ilícitos. Todos os acusados são pessoas de posses. Acontece que seus advogados (os “melhores” da Paraíba), todos notificados previamente, reivindicaram da magistrada Dra. ANDRÉA XIMENES, que precisariam de mais tempo para analisar o conteúdo das “mídias da Policia Federal”, a que já vinham tendo acesso - o processo já se arrasta por mais de três anos!!! – e, como a magistrada denegou seus pleitos, retiraram-se da sala de audiência, deixando os 12 acusados e suas mais de 30 testemunhas de defesa, ao léu, entregues à própria sorte.
Incontinenti a Drª. ANDRÉA XIMENES, que presidiu os trabalhos, representando o TJ/PB, apelou ao Defensor Público ali presente, o Dr. FERNANDO ENÉAS DE SOUZA, para o prosseguimento do feito, sem mais retardamento. A partir dai não faltaram provocações ao representante da DEFENSORIA PÚBLICA. Não me surpreendi, porque sabia que isso aconteceria.
 Mas, para decepção de muitos, pude sobreviver as criticas e as provocações à minha Instituição; conseguir ilidir o real objetivo dos provocadores (alguns advogados), que era retardar o feito, Ad kalendas græcas, e ouvir, a contento, durante todo aquele longo dia, as testemunhas arroladas pela DEFESA. Tenho plena consciência que cumpri a contento a missão a mim confiada pelo DEFENSOR PÚBLICO GERAL, naquele que foi sem dúvida (ao menos para mim, pela carga emotiva) O MAIS LONGO DOS DIAS! (Fernando Enéas de Souza – Defensor Público).

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