Na busca ansiosa pelo lucro multinacionais não respeitam nem as crianças dentro das escolas

No mês de volta às aulas Instituto denuncia empresas por marketing dentro de escolas

Bauducco, Colgate-Palmolive, Daquiprafora, Global Box, Hershey´s, Mondelez Brasil (antiga Kraft) e Starpoint são denunciadas pelo Instituto Alana por ações realizadas dentro de escolas públicas e privadas de todo o País.
A ação da Mondelez Brasil levou o Alana a denunciar o caso à Defensoria Pública do Estado de São Paulo. Com a reciclagem como pano de fundo, por meio de competições e oficinas de música dentro de escolas públicas de diversos estados brasileiros, a empresa busca fidelizar e também estimular diretamente o consumo das crianças à marca Tang. As “olimpíadas de reciclagem” e “reciclar é show” estão inseridas na ação “esquadrão verde Tang”, que também marca presença em televisão, rádio, site, espaços públicos, para atingir diretamente a criança.
Na mesma linha de marcas que querem influenciar diretamente as crianças no ambiente educacional, está a ação da Global Box, Bauducco, Colgate-Palmolive, Starpoint, Daquiprafora e Hershey´s e por isso o Alana notificou todas essas empresas. Elas buscam participar de um momento importante da vida das crianças, de volta às aulas, por meio de entrega de kits de divulgação nos armários escolares. Mais de 50 mil alunos serão impactados, dentro das 220 escolas privadas do Estado de São Paulo, que farão parte da ação, sem qualquer conhecimento dos pais.
Outra estratégia que marca a comunicação mercadológica voltada diretamente aos pequenos é garantir a presença na lista de compras do material escolar. Por isso, a Pritt investiu em comercial de televisão, rádio, site, além de oficinas de colagens em espaços públicos, junto com a Disney, para influenciar diretamente nas compras – o que motivou notificação do Alana.
Para a advogada do Instituto, Ekaterine Karageorgiadis, o objetivo dessas estratégias é proporcionar à criança o contato com as marcas, facilitado pela presença de personagens e brincadeiras. “A criança está sendo utilizada para fins exclusivamente comerciais e é isso que deve ser coibido”, afirma Ekaterine. “A publicidade dentro de escolas representa especial preocupação, na medida em que, além de abusar da inexperiência das crianças para vender bens mais facilmente, ela invade um espaço que é fundamental na formação do público infantil”, completa.

Sobre o Instituto Alana

O Instituto Alana é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, que trabalha em várias frentes para encontrar caminhos transformadores que honrem as crianças, garantindo seu desenvolvimento pleno em um ambiente de bem-estar. Com projetos inovadores, que vão desde a ação direta na educação infantil e o investimento na formação de educadores até a promoção de debates para a conscientização da sociedade, o Instituto Alana tem o futuro das crianças como prioridade absoluta. Informações: www.alana.org.br
Informações para a imprensa, 2PRÓ Comunicação, alana@2pro.com.br, Myrian Vallone, Anne Dias, Tels. (11) 3030.9461 / 9460 / 9464 / 9435.

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