Triunfo inaugurará nova fábrica de cachaça ainda em agosto de 2013 para agilizar produção e melhorar qualidade de vida



Edson Verber

Mais do que nunca a indústria da cachaça de qualidade na Paraíba está de fogo vivo. A prova é que o Engenho Triunfo, que fabrica a cachaça artesanal de mesmo nome, está concluindo uma nova fábrica, não para aumentar a produção e o lucro, mas, sim, para melhorar a qualidade de vida dos proprietários e trabalhadores, já que passará a processar durante apenas seis meses do ano, enquanto a venda será o ano todo. Atualmente, coloca no mercado 250 mil garrafas por mês e emprega 76 pessoas.
“A novidade que tem, hoje, no Engenho Triunfo, é que em agosto, nós estaremos inaugurando a outra unidade, que vai equivaler ao dobro do que temos, atualmente, em termos de capacidade de produção. Mas, jamais, a gente está pensando em colocar essa produção no mercado, nós vamos parar de produzir seis meses a cada ano. Nós vamos ter o mesmo estoque e uma qualidade de vida melhor, descansar um pouco, pois o meu marido e meus filhos trabalham muito. Continuaremos com a mesma Triunfo que a gente coloca no mercado, sempre tendo como foco principal a qualidade” – disse a sócia e diretora da empresa, Maria Júlia, que dirige os negócios junto com o esposo, Antônio Augusto Baracho.

Turismo foi fundamental

Destacou que tem vários pedidos de cinco países para exportar a Triunfo, mas não tem como atender, “pois nós, hoje, somos a coca-cola da Paraíba e chegamos a todos os municípios, de forma que a nossa produção, resultante do processamento de 1500 toneladas de cana-de-açúcar por mês, só dar para o mercado interno. Quem quiser levar para outro país ou outro estado tem que vir no engenho”.
Aliás, prosseguiu, é bom que se diga que é cada vez maior o número de turistas, em grupos, que nos procuram para conhecer as nossas instalações, degustar os vários tipos de cachaça, desde as que vão para os barris de carvalho ou umburana, até a tradicional e mais consumida, a branquinha. E, vale lembrar, que a maioria sempre leva uma ou várias garrafas para os seus destinos de origem, de forma que o turismo foi e é fundamental.

Origem

No ano de 1994, destacou Maria Júlia, após recebermos uma herança decidimos comprar um engenho, pois era um sonho antigo de meu marido, Antônio Augusto. Mas as dificuldades eram muitas. Com a falta de dinheiro para adquirir máquinas próprias para a confecção da cachaça, nós tivemos que improvisar. Aí Antônio Augusto foi inventando. Quem visitava nossa fábrica, se espantava com tanta criatividade. Para se ter uma idéia até secador de cabelo e moedor de carne viraram maquinário para o engenho.
Mas, com certeza, concluiu, todas essas dificuldades enfrentadas - inclusive para vender, pois no começo a gente ia de porta em porta e ninguém queria - valeram muito a pena, pois construímos uma empresa com base em valores sociais respeitando os direitos dos nossos colaboradores, para os quais pagamos plano odontológico e garantimos escola, de forma que erradicamos o analfabetismo entre eles.

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