Saiba a importância dos sindicatos no processo de distribuição de renda no Brasil

Sindicatos são responsáveis pela distribuição de renda

Lourenço Prado *

Infelizmente, ainda prevalecem nas análises divulgadas pela imprensa as explicações parciais sobre o bom desempenho da economia brasileira. Citam-se, como lemos recentemente em matéria do jornal “O Dia”, o Bolsa Família, a valorização do salário mínimo e, até mesmo, a desvalorização do dólar em relação ao Real.

A maioria das análises escondem, intencionalmente ou não, a grande batalha cotidiana dos sindicatos e suas respectivas diretorias e categorias para conseguir o milagre da transferência de renda no Brasil.

Segundo o Dieese — Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos — aproximadamente 97% das 290 negociações registradas no primeiro semestre de 2010, conquistaram reajustes salariais iguais ou acima da inflação medida pelo INPC-IBGE. Um avanço de conquistas em relação a 2008 (87%) e 2009 (93%) de reajustes iguais ou superiores à inflação do período.

Os ganhos salariais conquistados pelos sindicatos fazem parte de estratégia permanente que resultam da vinculação de classe das entidades dos trabalhadores. Cada centavo a mais nos bolsos dos trabalhadores nos interessa e, é buscado com afinco, organização, mobilização e muita negociação.

Assim como cada centavo mantido nos lucros patronais é a norma que gerou uma das mais perversas concentrações de renda no Brasil. Tanto nos períodos de vacas magras como nas boas fases da economia, a luta dos sindicatos é permanente para não deixar que os patrões, geralmente articulados com a mídia dominante e com a indiferença ou neutralidade governamental, apostem no esporte preferido que é o arrocho da massa salarial.

Os patrões se valem de todos os expedientes imaginados: aumentam a rotatividade, tentam arrochar os pisos salariais, contratam ilegalmente e deixam de investir na qualidade do emprego.

Os trabalhadores já perceberam que é por meio dos sindicatos que se confirma a transferência de renda. Texto publicado pela Folha de S. Paulo, em 15 de abril de 2009 registrou um aumento de 13% na sindicalização no Brasil. Na época, 4,838 milhões de trabalhadores tinham, além da carteira de trabalho, a carteirinha do sindicato.

Agora, que a classe trabalhadora brasileira sentiu o gostinho da transferência de renda para os seus bolsos e sabe que é por meio dos sindicatos e centrais sindicais fortes que se confirma a transferência, a tendência é avançarmos. Mesmo com as barreiras políticas criadas pela presidente Dilma Rousseff que ainda não sinalizou se aceita ou não a proposta das centrais sindicais de um mínimo de R$ 580,00.

* Lourenço Prado é presidente da Contec (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito)

Por favor, visite o site da Contec, para mais informações: www.contec.org.br ou entre em contato com Renata Moura, da assessoria de imprensa no 061-8165-4875 ou 061-9991-1103 ou se preferir um contato direto com Lourenço Prado, ligue para 0618114-7878. Ou ainda para Carla Barbariz, da MDM, assessoria de imprensa em São Paulo no 011-32995999.

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