Declarada guerra aos curandeiros, videntes e praticantes de ocultismo

Por ANTONIO CARLOS LACERDA

Correspondente Internacional

MOSCOU/RUSSIA (Pravda Ru) – Em Moscou, a DUMA, Assembléia Legislativa da Rússia, acaba de aprovar uma lei que proíbe a publicidade através dos meios de comunicação do país de serviços e práticas de curandeirismo, futurologia, vidência, magia, feitiçaria e outras práticas de ocultismo.

Com cerca de 800 mil curandeiros, dos quais 100 mil estão na ilegalidade, os serviços de feitiçaria, vidência, futurologia, magia vudu e outros de ocultismo movimentam 2 Bilhões de Dólares por ano na Rússia.

Antes mesmo da queda da ex-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e do fim da ideologia comunista na Rússia, o público interessado pelo ocultismo aumentou radicalmente no país, por causa de um vazio que foi aproveitado por pessoas inescrupulosas e com uma importante habilidade para esse tipo de negócio.

Os programas de televisão, por exemplo, apresentados pelos "bruxos" Alan Chumak e Vladimir Kashpirovski eram assistidos por milhões de russos. Eles prometiam curar, inclusive, aqueles que se sentavam do outro lado do aparelho, e chegaram a fazer longas excursões pelo país, enchendo estádios com promessas de cura de tumores, paraplegias e outros males através de hipnose e magia.

A deputada Tatiana Yákovleva, do Comitê de Saúde da Duma, enfatizou que "Na Rússia, onde há 800 mil curandeiros, mas só 620 mil médicos, é ridículo tratar uma dor de dentes esfregando a bochecha com o rabo de um rato".

A Lei aprovada pela DUMA, e que teve a participação da Igreja Ortodoxa Russa na sua elaboração, enfatiza que a finalidade é de “proteger as pessoas da publicidade enganosa de falsos especialistas e, assim, preservar sua saúde física e moral".

Tatiana Yákovleva qualificou de "criminosos" os que enganam seus clientes com promessas de um remédio para o câncer ou para a Aids. Por isso, a lei também proíbe o exercício daqueles que prometem a cura de doenças com métodos não científicos, exigindo uma licença reconhecida pela legislação e concedida pelo Estado.

A partir de agora, os meios de comunicação assumirão a responsabilidade pela publicação dos serviços desses praticantes alternativos sem licença oficial.

Esses "charlatões atraem muitos clientes sem dar nenhuma garantia e, muitas vezes, estão implicados em fraude, causando prejuízo moral e físico às pessoas e econômico ao país", denunciaram os deputados ao justificar a iniciativa de propor a discussão e aprovação da lei.

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