Assentados do Agreste paraibano aprendem a fazer defensivos naturais em oficina

 


Um grupo de agricultores do assentamento Margarida Maria Alves I, no município de Juarez Távora, no Agreste paraibano, participou, nesta quarta-feira (8), de uma oficina sobre a fabricação e a utilização de defensivos agrícolas naturais.
  
A área se destaca pelo plantio de algodão colorido orgânico – uma cultura que possui um grande número de pragas que, quando não controladas corretamente, podem causar perdas significativas na produção. O aprimoramento contínuo das técnicas de combate às pragas do algodoeiro é um dos principais desafios das famílias do assentamento criado em 1998 em uma área de 736 hectares a cerca de 90 quilômetros da capital da Paraíba.

A oficina de controle alternativo de pragas faz parte do projeto Prática Agrícola Orientada, promovido pela Federação dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares do Estado da Paraíba (Fetag/PB) em parceria com os Sindicatos de Trabalhadores Rurais (STRs).

“Os resultados desses produtos são fantásticos. Eles conseguem controlar e diminuir a incidência de pragas e doenças das plantações dentro de um sistema agroecológico e sustentável”, disse o assessor técnico da Fetag/PB, Ivanildo Pereira, que ministrou a oficina no assentamento.

Ele explicou que os defensivos naturais, embora muito eficientes no combate às pragas e doenças das plantações, são produtos preparados a partir de substâncias não prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente, que favorecem a produção de alimentos mais saudáveis para o agricultor e para o consumidor final.

A oficina foi realizada para um grupo de interesse, que terá a missão de multiplicar os conhecimentos para os demais agricultores do assentamento e de comunidades rurais do entorno.  


Materiais simples

Foram apresentados na oficina fertilizantes e defensivos preparados com elementos e substâncias naturais simples e facilmente encontrados na zona rural, como a urina da vaca, a cal virgem, a planta Neem (também conhecida como Nin), leite, manipueira (água da macaxeira), misturados, entre outros produtos, a sulfatos, sal e sabão neutro.

Os agricultores aprenderam que, assim como os defensivos agrícolas convencionais, os defensivos naturais também servem ao combate de diversos tipos de pragas que prejudicam as plantações, como insetos, fungos, ácaros e bactérias.

“Uma das vantagens é que os custos para fabricar essas preparações naturais chegam, muitas vezes, a quase zero, porque a maior parte dos ingredientes pode ser obtida no próprio ecossistema.”, afirmou Ivanildo Pereira.

Segundo ele, a disponibilidade dos elementos utilizados no preparo dos defensivos naturais também possibilita que os agricultores abandonem práticas convencionais e agressivas, especialmente o uso de agrotóxicos, e se voltem à agricultura sustentável, que respeita a natureza e a vida dos seres vivos.



* Com informações da Fetag/PB



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Atenciosamente,

Kalyandra Vaz (DRT 1679/PB)
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