Cerca de 700 trabalhadores da ARM prestadora de serviços da OI fazem greve reivindicando melhores salários e realizam atos públicos

Edson Verber

Insatisfeitos com o não cumprimento da data-base da categoria, com o índice de reajuste igual apenas a correção pelo INPC, o não pagamento de diárias e a baixa correção do aluguel dos carros, cerca de 700 trabalhadores da ARM, maior empresa prestadora de serviços da operadora 0i, paralisaram suas atividades, ontem, por tempo indeterminado.

Com isso, os trabalhos de instalação e manutenção de linhas e aparelhos telefônicos dessa empresa estão comprometidos. Ontem pela manhã os grevistas realizaram atos públicos na frente da sede da ARM, nos municípios de Guarabira, João Pessoa, Sapé, Cabedelo, Campina Grande e Patos.
A presidente do Sinttel-PB (Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Estado da Paraíba), Luzenira Linhares, informou que a decisão de parar foi tomada após os trabalhadores rejeitarem a proposta apresentada pela empresa, de um reajuste inferior ao INPC, que elevaria o piso salarial de R$ 684,00 para apenas R$ 700,00, a partir deste mês. Para quem recebe salário superior ao piso, a ARM está oferecendo apenas a correção pelo INPC "cheio", de 6,38%, correspondente às perdas do período compreendido entre agosto do ano passado e julho de 2013.

Aluguel dos carros

“Além dos reajustes serem aquém do que reivindicamos ainda tem o sério problema que se transforma em grandes perdas para a categoria, que é o fato de a ARM não aceitar pagar os reajustes retroativos a 1º de agosto que é a data base da categoria. Ainda tem o não pagamento de forma correta, das diárias dos trabalhadores, uma vez que, por exemplo, se eles viajam, para Guarabira para fazer um serviço têm que retornar antes do almoço, pois a empresa se nega a pagar as diárias”- disse a Presidente.
Ressaltou que “outro agravante é que parte dos trabalhadores de nível técnico que têm carros e os alugam para a empresa, mas ela só quer dar o reajuste do aluguel com base no INPC, fato que não compensa as perdas dos veículos. Nós elaboramos uma tabela de reajuste com uma variação entre 10% e 20%, sendo os maiores percentuais para os aluguéis mais baixos e os menores, para os mais altos”.

Sem êxito

Lembrou que “desde a data base da categoria, ocorrida em 1º de agosto, estamos tentando fechar o acordo, mas sem êxito, pois a ARM se mantém irredutível, o que os levou a cruzar os braços, como forma de tentar resolver o problema. A lei de greve é respeitada e a direção do Sinttel está pronta para negociar com a empresa o limite de trabalhadores necessários ao funcionamento dos serviços essenciais".
Segundo ela, a média salarial da empresa é baixa e a maioria dos trabalhadores composta por profissionais qualificados como instaladores, cabistas e respectivos auxiliares, operadores de DGs (distribuidor geral), não chegam a ganhar R$ 1.000,00. “Vamos continuar protestando em frente aos portões das respectivas unidades de trabalho, como sinal da nossa indignação para sensibilizar a empresa e tornar públicas as reivindicações”.

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